Imenso (A)mar


Não estou a fim de me afogar em nós dois, 
esse (a)mar é traiçoeiro e fundo demais pra mim. 
Não conseguia ver antes, mas ele sempre foi assim.
O balançar da maré não me acalma mais,
essas ondas estão muito altas pra me trazer paz.
Um (a)mar pode ser forte, mas bravo não me faz bem,
suas marcas já me inundaram, mas eu consigo viver sem.
Jogue a boia, por favor, me salve daqui!
Estou indo pra um lugar que não vai ter como sair.
Chega de trazer toalhas já encharcadas para secar tanta estupidez.
Ainda estou molhada, mas está ficando tarde para nós.
Já cuspi toda água salgada, agora é tua vez.
Decida agora se vai me deixar boiar
ou me carregar em seus braços, como sempre fez.
O sol está se pondo, logo para de brilhar
a lua que está vindo, é fraca demais para nos iluminar.
É a hora de aceitar que nossa escuridão cresceu,
e nessas águas frias, o que restava já morreu.
Meus pés já não conseguem achar o chão,
esse (a)mar é traiçoeiro e fundo demais pra mim.
Não consigo mais ver daqui a imensidão,
acho que nosso tempo está chegando ao fim.
Decida agora se vai me deixar boiar,
ou me carregar em seus braços, como sempre fez.
Já cuspi todas minha magoas, agora é tua vez.



Minha autoria

Um comentário:

  1. Gostei do texto, bela escrita.Passa no meu blog pra conhecer tb, se gostar e seguir, sigo de volta!!!
    www.makeolatras.blogspot.com.br
    Bjsss =]

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